Qual é o segredo da felicidade? – Parte 1

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Acho que podemos afirmar que a felicidade é o propósito da vida. Mas porque será que apesar disso, muitas pessoas são infelizes? Por que há pessoas mais felizes do que as outras, independente da sua classe social e tamanho da conta bancária? Será a felicidade um estado de espírito ou resultado de ações que podemos realizar no dia a dia? Enfim, qual será o segredo da felicidade?

Guy Raz, o apresentador do podcast TED Radio Hour, reuniu seis brilhantes apresentações do TED Talks sobre este tema. Vejamos:

Existe um segredo da felicidade?

O primeiro entrevistado deste programa foi um psicólogo da Harvard University, Dan Gilbert, que falou sobre o que é a felicidade, e quando perguntado pelo entrevistador sobre qual é o segredo dela, ele respondeu que não há segredo.

“A felicidade é uma emoção que nos serve como uma bússola: quando nos sentimos felizes, seguimos adiante fazendo o que nos trouxe felicidade e, quando não estamos felizes, então mudamos o nosso rumo.”

Nós ficamos mais felizes quando estacionamos num momento?

segredo da felicidadeMatt Killingsworth falou inicialmente que pode haver diferentes tipos de felicidade ou de infelicidade e citou exemplos, como estar com os filhos, fazer uma excelente refeição, ou estar desapontado ao perder o emprego. Ele falou também sobre uma pesquisa que realizou com muitas pessoas, algo em torno de 35.000 pessoas; ele criou um questionário que, através de um aplicativo, ele enviava às pessoas, que o recebiam nos seus smartphones e, então, respondiam as perguntas naquele momento. A primeira pergunta era: Como você está se sentindo agora? A seguir, vinha a instrução: as pessoas eram requisitadas a marcar numa escala que ia de muito bem a muito mal, como estavam se sentindo naquele momento. A pergunta seguinte era: Você precisa fazer o que está fazendo agora? Por favor, responda sim ou não. A seguir, vinhas outras perguntas como: A que horas você foi dormir na noite passada? Quando você fez a sua última refeição? E assim por diante, até a última pergunta: Você quer fazer o que está fazendo agora? Sim ou não?

O resultado permitiu analisar vários aspectos da vida em geral e mostrou que, na maioria das vezes, as pessoas não estavam concentradas totalmente no que estavam fazendo e, então, as suas mentes divagavam. Por exemplo, alguém estava no metrô e, enquanto viajava para o local de trabalho, ficava pensando em algo não relacionado ao que estava fazendo naquele momento.

A pesquisa revelou que, em quase 50% das vezes (às vezes, em até mais que 50% das vezes, como, por exemplo, ao tomar um banho de chuveiro), os pensamentos divagavam por temas desagradáveis, como preocupações, ansiedades, ou arrependimentos. Curiosamente, em cerca de 10% das vezes, isso acontecia mesmo durante o ato sexual. E isto é uma causa natural de infelicidade.

Portanto, uma forma de evitar os “maus pensamentos”, e, consequentemente, de aumentar a nossa felicidade é, ao perceber que a nossa mente está divagando, tentar focar a nossa atenção no que estamos fazendo naquele momento.

O que acontece quando diminuímos a velocidade?

segredo da felicidadeOutro entrevistado foi um escritor e jornalista, Carl Honoré, que mora em Londres, e vive viajando e dando palestras; ele falou sobre a atual cultura da velocidade. Tudo em nossa vida parece girar numa velocidade cada vez maior e, quase sem perceber, estamos sempre correndo. Por outro lado, a velocidade é estimulante, libera adrenalina, que causa uma sensação que muita gente considera “um barato”, como se fosse um efeito de uma droga estimulante.

Outra causa parece ser uma espécie de tabu de nossa sociedade, que considera a lentidão como uma espécie de preguiça, ou quase de retardo mental.

Então ele falou sobre a relação entre a velocidade e um estado quase constante de estresse, que nos leva a um sentimento mais duradouro de infelicidade. Consequentemente, ele ligou isto ao fato de, ao correr menos, ao diminuir a velocidade que nos pressiona, nos sentimos melhor, e desfrutamos de alguns prazeres que a velocidade não nos permite perceber.

Menos coisas significam mais felicidade?

segredo da felicidadeO entrevistado seguinte, Graham Hill, é um caso curioso. Sendo uma espécie de “nerd” de TI, ele fundou, junto com alguns amigos, uma empresa para fazer sites para a Internet, que acabou, pouco tempo depois, sendo vendida por 10 milhões de dólares.

Por um tempo, ele começou a gastar dinheiro em comprar coisas, como uma casa grande, um novo carro e, assim por diante. Isso durou algum tempo, até que ele começou a perceber que todas essas coisas, no fundo, não o estavam fazendo mais feliz. E, pouco a pouco, ele foi mudando a sua vida em direção a uma maior simplicidade, deixando de lado as coisas fúteis e acabou se especializando em projetos de interiores, tirando o máximo proveito de espaços relativamente pequenos. Em outras palavras, como ser mais feliz com menos. Em seu atual apartamento, ele procura tirar o máximo proveito de espaços pequenos e criou coisas como uma cama que, quando não está sendo usada, dobra e fica embutida na parede; no seu lugar aparece um sofá. As paredes são deslizantes e por trás delas há estantes, armários, objetos de tecnologia, como televisão, aparelhos de som, computadores, etc. A ênfase é dada à tecnologia, ao digital e também à sustentabilidade.

Atualmente, ele está desenvolvendo um projeto no Brasil, de um edifício inteiro baseado neste tipo de conceito.

Você gostou deste post? Se a sua resposta foi sim, não deixe de ver na próxima semana a parte 2.

Ademais, você se considera uma pessoa feliz? Por quê? Se a sua resposta foi não, por quê? Por favor, deixe os seus comentários no espaço a seguir.

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