Tudo que você precisa saber sobre a compostagem

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Conheça a técnica de reciclagem que está se popularizando

Desde a popularização da reciclagem de lixo doméstico, cada vez mais pessoas, condomínios e lugares, têm espaços separados para cada tipo de lixo. Com isso, outra técnica milenar de reciclagem está voltando a se popularizar: a compostagem.

O que é a compostagem?

É o processo biológico de aproveitamento da matéria orgânica, seja oriunda do uso doméstico, industrial, agrícola ou florestal. Pode ser considerada um tipo de reciclagem do lixo orgânico.

Como ela acontece?

A compostagem acontece naturalmente, pois é um processo natural desses materiais orgânicos. São os microrganismos que fazem todo o trabalho. A compostagem divide-se em três fases:

1ª fase: Chamada de mesofílica, que é quando os fungos e as bactérias mesófilas começam a multiplicar-se no material orgânico depositado na composteira. Essas bactérias e fungos irão metabolizar, principalmente, os nutrientes mais fáceis de serem encontrados nesse material orgânico. Nessa fase inicial, a temperatura do processo é moderada (alcançando os 40ºC) e normalmente leva 15 dias.

2ª fase: Chamada de termofílica, essa é a fase mais longa da técnica de compostagem. Podendo ultrapassar dois meses, ela é longa porque depende do material orgânico depositado na composteira. Nessa fase, as bactérias e fungos da vez são as termofílicas, capazes de sobreviver a temperaturas maiores, entre 65ºC e 70ºC, graças à influência da maior disponibilidade de oxigênio, favorecida pela agitação da pilha inicial. Graças à degradação natural das moléculas mais complexas e graças ao aumento de temperatura, os agentes patológicos conseguem ser eliminados mais facilmente.

3ª fase: Última fase da compostagem, ela pode durar até dois meses. Aqui, a atividade microbiana diminui, a temperatura vai caindo gradativamente até chegar à temperatura ambiente e há também uma diminuição do teor de acidez do composto.  Essa última fase da compostagem é o momento de estabilização do material orgânico, formando um composto maturado. Isso acontece quando a decomposição microbiológica é concluída e então a matéria orgânica é transformada em húmus, livre de toxicidades, metais pesados e patógenos.

Dessa última fase se obtém o composto orgânico, que é um material estável, rico em substâncias húmicas e nutrientes e minerais, que podem ser utilizados em jardins, hortas, para fins agrícolas como adubo orgânico, e dessa forma devolvendo a terra os nutrientes dos quais ela precisa.

Do que eu preciso para começar essa técnica?

Para começar a fazer a compostagem, é necessário ter uma composteira. Ela nada mais é que um lugar grande o suficiente para você armazenar e oxigenar o material orgânico. Pode ser feito de diversos materiais, como caixas de madeira, baldes, de plástico, com paletes, e por aí vai. Você pode fazer uma composteira ou comprar uma. Alguns sites já vendem composteira baseada no número de pessoas de uma casa e/ou na quantidade e de vezes que você come em casa. Há também as opções de composteiras automáticas, mas essas são bem mais caras (cerca de cinco mil reais).

Você pode optar também por utilizar um acelerador de compostagem, que é um produto biológico que tem como objetivo acelerar o processo da técnica.

E é claro, você precisará de lixo orgânico. Mas tome cuidado, pois muitos materiais orgânicos podem causar mau cheiro ou afetar a qualidade da sua compostagem. Confira abaixo o que você não deve colocar na sua composteira:

  • Dejetos humanos e animais;
  • Produtos químicos em geral;
  • Restos de carne ou de peixe (causam mau cheiro);
  • Papel higiênico usado, fraldas e absorventes;
  • Ossos e espinhos;
  • Cinzas e restos de cigarros;
  • Gorduras e laticínios;
  • Pedaços de madeiras, de vidro e de metal;
  • Óleos, tintas, plásticos, papeis plastificados;
  • Restos de comida temperada (causam mau cheiro);
  • Ervas invasoras e vegetais doentes;
  • Remédios.

Confira abaixo o que você pode e deve colocar na sua composteira:

  • Restos de cascas de frutas, vegetais e legumes;
  • Pó de café, incluindo o papel coador;
  • Restos ou migalhas de pão e biscoitos;
  • Restos de grãos ou de farinhas cruas;
  • Aparas de ervas, raízes ou capim seco;
  • Restos de podas e de jardinagem;
  • Serragem de madeira;
  • Papel do jornal;
  • Caixas de cartão (papelão);
  • Folhas;
  • Saquinhos de chá;
  • Grama seca.

Com informações: eCycle, Mundo Horta

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