Há assunto mais atual e premente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais?
De acordo com algumas fontes, muitos condomínios podem adaptar sistemas que já possuem, mas poucos sabem dessa possibilidade, principalmente os condomínios com piscinas. Parece que reduzir o consumo ao estritamente necessário, ou investir em individualização dos hidrômetros por apartamento, ou investir em melhor inspeção de possíveis vazamentos, ou mesmo ainda recorrer aos caminhões pipas podem não ser soluções suficientes ou economicamente viáveis.
Há condomínios que estão ampliando a sua caixa de água, ou adicionando uma nova. Nestes casos, é importante verificar se a estrutura do edifício aguenta esse peso extra, se o reservatório ficar na cobertura. Outros condomínios podem estar pensando em usar fontes alternativas de água e deixar a água tratada, que é mais cara, apenas para o consumo humano.
Segundo Alexandre Furlan Braz, do Instituto Muda, “Muitos empreendimentos já contam com um reservatório para a água das chuvas e o que acontece é que, atualmente, essa água é bombeada para a rua. É possível alterar essa saída para dentro do condomínio, e usar essa água na limpeza das áreas comuns e para regar as plantas”. É bom lembrar que, para fins de votação em assembleia do condomínio, essa obra pode ser considerada necessária, uma vez que o quadro atual de falta de água pede cuidados que não podem ser adiados.
Um fato importante é que, sem legislação específica, imóvel novo com reuso de água é raridade em São Paulo. Por isso, compradores interessados em adquirir imóveis nesta cidade com tecnologia capaz de reaproveitar água das pias, do banho, ou, até mesmo, de captar a que vem das chuvas terão dificuldades. Já há algumas cidades apostando na captação da chuva e reuso da água como uma boa alternativa. Prova disso são os projetos de lei que visam dar descontos no IPTU para quem montar sistemas deste tipo.
Sete construtoras, entre elas Odebrecht, Cyrela, Even e Tecnisa, lançaram ou entregaram ao menos um empreendimento residencial entre 2013 e 2014 com sistema que permitisse a utilização de águas pluviais ou de reuso.
O advogado Márcio Rachkorsky, especialista em condomínios, aponta que falta uma norma que obrigue os construtores de novos imóveis a incluir no projeto estrutura para captação de água de chuva e espaço para a coleta seletiva de lixo. “É preciso uma norma simples exigindo que, para aprovar a construção de um imóvel, o projeto satisfaça estas condições mencionadas”, disse ele.
Todavia, há casos de pessoas ou de síndicos de condomínios que tomaram a iniciativa e resolveram este problema por conta própria. No Rio de Janeiro, no Edifício Paul Cézanne, no Méier, o seu síndico, Helio Breder, construiu uma estação de captação de água de chuva, visando economizar custos e preservar esse nosso valioso recurso natural.
Outra alternativa para a atual crise hídrica são os poços artesianos, porém, perfurar um poço, pode ser demorado, custoso e existe o risco de não achar água, além de depender, é claro, de haver local propício para isso nos terrenos do condomínio. Embora esta seja uma opção que vem crescendo em virtude da crise, muitos ambientalistas e especialistas não a recomendam.
Vale lembrar que, em outros países, a tecnologia verde prospera!
Com informações:
SíndicoNet
G1
Condomínios Verdes
Imagem por lu